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Opções de Tratamento da Osteoporose

Foto do escritor: Instituto VértebraInstituto Vértebra

O tratamento clínico com medicações analgésicas, redução no nível de atividade e órteses têm sido historicamente prescrito para VCF. Entretanto, muitos pacientes não respondem a isso e ficam com dor persistente e mobilidade limitada. Adicionalmente, o tratamento clínico não restabelece o alinhamento espinal, nem a altura vertebral.

Redução nas atividades e repouso no leito aceleram a perda óssea e levam à deterioração muscular, o que resulta em dor contínua. Ademais, a terapia conservadora e atividade reduzida são especialmente indesejáveis para uma população de pacientes que freqüentemente já têm os sistemas pulmonares e cardiovasculares comprometidos, e freqüentemente ocasionam mais perda de altura vertebral.


O tratamento preconizado consiste em:

  • Órteses tipo OTLS para fraturas torácicas e lombares altas ou tipo Putti para fraturas de L4 ou L5, por um período de 3 a 4 meses nos casos de fraturas agudas ou por apenas algumas semanas nos casos crônicos, somente para alívio da dor;

  • Tratamento da osteoporose conforme descrito previamente com uso de alendronato, carbonato de cálcio e opcionalmente anabolizantes. A reposição hormonal é discutível e depende de avaliação do ginecologista;

  • Tratamento da dor com analgésicos, calcitonina, opióides em caso de necessidade e anti-inflamatórios quando não houver contra-indicações;

  • Fisioterapia para manutenção do trofismo e evitar maior perda óssea e muscular;

  • Controle radiológico seriado;

  • Estímulo à prática de atividade física após a consolidação da fratura;

  • Profilaxia de novas fraturas mantendo o tratamento da osteoporose, praticando atividade física e adaptando a moradia do idoso para torná-la mais segura.

  • Vertebroplastia para casos de falha do tratamento conservador por pelo menos três meses.

Nos anos 80, a vertebroplastia foi inicialmente descrita como um método para tratar de tumores no órgão vertebral, com a intenção de aliviar a dor e estabilizar a fratura. A vertebroplastia inclui injeção percutânea, orientada por TC ou fluoroscópio, de uma mistura de cimento ósseo de poli-metil-acrilato (PMMA) e um agente de contraste, nos órgãos vertebrais.


Nos anos 90, a vertebroplastia evoluiu com o desenvolvimento da cifoplastia. Um instrumento cirúrgico é utilizado para elevar ou expandir a vértebra. O espaço criado é então preenchido com a mistura de cimento ósseo. A cifoplastia se destina a corrigir a deformação e restaurar a altura do órgão vertebral.


A vertebroplastia vem se tornando um método comum no tratamento de VCFs dolorosas agudas e subagudas, mas no entanto as evidências científicas são escassas e controversas para embasar esse tipo de tratamento. Ensaios randomizados recentes comparando os resultados de procedimentos simulados, sem a introdução de cimento, e vertebroplastias, não mostraram diferenças significativas na evolução dos casos em seguimentos de até 6 meses, pondo em dúvida se realmente há benefício na realização do procedimento.


Em contrapartida, estudos também randomizados comparando os resultados de vertebroplastia com os de tratamento conservador em VCFs agudas sugerem que o alívio da dor é imediato e sustentado por pelo menos um ano e é significativamente maior que o conseguido com tratamento conservador, conseguido de forma segura e eficaz, a um custo aceitável.


Apesar da controvérsia, literatura tende a aceitar que a vertebroplastia confere alívio da dor, geralmente dentro de 72 horas do procedimento, em cerca de 70% a 90% dos pacientes.

Os índices gerais de complicações variam de 1% a 10%. A maior parte das complicações são menores. A maioria está relacionada a vazamento de PMMA para estruturas adjacentes, o que é tipicamente assintomático. O vazamento é atribuído à destruição do córtex ou fratura vertebral, ou infecção no plexo venoso vertebral. Vazamentos venosos podem resultar em compressão de nervo ou do cordão espinal, e podem causar embolia pulmonar.


A orientação fluoroscópica parece apropriada para evitar extravazamento sintomático. Compressão ou dano devidos ao efeito exotérmico de PMMA podem ocasionar danos às raízes dos nervos ou ao cordão espinal. Resultados publicados dos estudos iniciais de cifoplastia mostram resultados comparáveis de pronta melhoria na dor e função, bem como restauração limitada da altura do órgão vertebral, e índices similares de complicações.

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